Comunicação inclusiva vai muito além do diálogo com os grupos que foram minorizados

A comunicação inclusiva é muito abrangente porque envolve um diálogo que faz com que todas as pessoas sejam bem-vindas e sintam-se acolhidas sem o uso de estereótipos e linguagem preconceituosa e violenta. Diante disso, é fácil entendermos que vai além do diálogo empático com grupos de pessoas que foram minorizadas. A comunicação pensando na inclusão envolve absolutamente todas as pessoas.

É preciso pensar em como se comunicar, não cabe mais não dominar a comunicação e usá-la sem refletir sobre quais palavras se encaixam para não cair na cilada de ser agressivo (a) com a outra pessoa ou mesmo fazê-la se sentir desconfortável em uma conversa corporativa e cotidiana, que pode e deve assertiva, entretanto leve, sem termos que possam dar conotações desnecessárias à alguma observação pontual.

Para ilustrar a preocupação com ser empático (a), não ser violento (a) na comunicação corporativa, buscando conversas mais inclusivas, trago um exemplo que me chamou atenção na última semana.

Ao comunicar à agência que entendia que um conteúdo necessitava de mais informações para se aprofundar no assunto abordado, a pessoa cliente usou a palavra “empobrecido” e enviou e-mail fazendo algumas observações e afirmando que considerava o texto submetido à aprovação empobrecido.

Reflexão para uma comunicação mais inclusiva na prática


Dentro do que entendemos como prática em comunicação inclusiva o termo “empobrecido” carrega um estereótipo que é desnecessário nesse diálogo e poderia ter sido substituído por “acreditamos que o conteúdo poderia ser mais aprofundado” ou mesmo “esperávamos um conteúdo mais enriquecedor para o leitor”. Assim haveria assertividade sem um termo que pode ter uma interpretação ruim.

Conseguem se colocar no lugar da pessoa autora do conteúdo e entender a importância da troca de palavras ao receber o feedback?

O exercício é pensarmos em como a outra pessoa se sentirá ao receber a nossa mensagem, a reflexão nos fará pensar melhor, elaborar a mensagem de forma mais empática e criar uma comunicação mais inclusiva para todas as pessoas.


About The Author

Avatar
Renata Camargo
Jornalista graduada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, possui 25 anos de experiência em comunicação corporativa. Consultora em comunicação inclusiva, pesquisadora e entusiasta do cenário brasileiro de Diversidade & Inclusão com ênfase no papel das empresas e marcas na transformação da sociedade.

No Comments

Leave a Reply

0-linkedin
0-insta
0-facebook

CONTATO


Vamos construir juntos uma comunicação mais diversa e inclusiva?