E aí, bora “descrinjar” essa comunicação?

Alerta: estamos em 2021 e a comunicação não inclusiva é cringe

Cringe, a palavra que teve suas buscas no Google aumentada em 100 vezes nos últimos dias, é um termo de origem inglesa e é utilizado como uma gíria para se referir aos momentos em que as pessoas passam por situações desconfortáveis e constrangedoras.

Para além do uso e do significado da expressão, a grande reflexão que o assunto tem gerado envolve as diferenças entre as gerações Milennials e Z. Os jovens usam essa expressão para falar de nós – os millenials, baby boomers ou outras gerações “pré-históricas”.

E aí, a sua comunicação é cringe?


Se ela ainda for uma comunicação não inclusiva, que faz questão de excluir a diversidade, de falar sem se preocupar com as particularidades de cada um, usando termos preconceituoso e linguagem carregada de estereótipos, sua comunicação certamente é cringe.

Então, eu preciso te lembrar da importância de se atualizar. Em especial, se você trabalha diretamente com comunicação, conversa com colaboradores (as), atende clientes ou vende algum produto, você precisa manter a sua capacidade de se conectar com os seus consumidores, inclusive a geração Z e também os Millennials, que muitas vezes habitam a mesma empresa e realizam o mesmo consumo. Esse conflito pode ser apaziguado com o uso da comunicação inclusiva.

Se você é uma liderança Millennials atente-se que usar comportamentos inflexíveis e discursos antigos para falar da sua empresa ou marca, oferecer seus serviços vai ser tão efetivo quanto exigir que a sua equipe mantenha um dress code rígido, mesmo em ocasiões mais informais, e ser inflexível com horário e prazos, tampouco permite e incentiva a criatividade.

Hoje em dia, os valores das empresas não são mais tão rigorosos em relação ao dress code, por exemplo. Comprometimento, diversidade, preocupação socioambiental e qualidade de entrega têm sido mais valorizados. Não seguir esse caminho é comunicar uma marca ou empresa antiquada e desatualizada.

De tempos em tempos, revise a forma como você está se comunicando. Por que será que a comunicação interna da sua empresa não gera pertencimento? Ou qual seria a razão para os seus clientes não se identificarem com suas campanhas de marketing? Por que o meu concorrente preocupado com a comunicação inclusiva está conseguindo vender mais? Talvez seja porque a sua comunicação é cringe. Você parou no tempo, não mudou.

Isso não significa que você precisa dar um banho de gírias moderninhas no seu discurso. Mas que precisa equilibrar, comtemplar todas as pessoas, deixá-las seguras e representadas para garantir que vai continuar sendo interessante para o seu público. Isso passa por entender os assuntos, interesses, códigos e a linguagem que estão sendo usadas por essas pessoas. Só assim conseguirá gerar uma conexão, convencer, engajar, mudar hábitos e gerar resultados.

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Renata Camargo
Jornalista graduada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, possui 25 anos de experiência em comunicação corporativa. Consultora em comunicação inclusiva, pesquisadora e entusiasta do cenário brasileiro de Diversidade & Inclusão com ênfase no papel das empresas e marcas na transformação da sociedade.

2 Comments

  • Bruno Carramenha on 5 de julho de 2021

    Boa, Renata! To contigo! A comunicação também é uma aliada poderosa do movimento de transformação por ambientes mais inclusivos!

    • Renata Camargo on 7 de julho de 2021

      Obrigada, mestre, Bruno. Sempre muito inspirada por você. Um beijo.

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